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sábado, 26 de março de 2011

Miss Bicentenário de Piracicaba - 1967




Piracicaba ficou em polvorosa no ano de 1967. Era a cidade que mais crescia no interior brasileiro. O prefeito Luciano Guidotti mantinha seu mandato com aprovação máxima dos cidadãos brindava o município com obras colossais que ainda hoje nos beneficiam. Era também o ano do bicentenário de Piracicaba. Na ocasião, a Miss do Bicentenário Piracicabano foi coroada com todas as láureas., como se vê acima. Maria Graziela Victorino de França Helene aparece ao lado de sua mãe Zilda Giordano Victorino de França recebendo as honras por ter sido eleita, no Clube Coronel Barbosa a miss local. Graziela é casada com o desembargador Octávio Helene Júnior. Abaixo, a Miss com seu pai Geraldo Victorino de França. Nesta mesma foto, uma das pessoa ao fundo é o dentista Neimar dos Santos. Dia de glória para todos e de nostalgia para o futuro.  (Edson Rontani Júnior)


segunda-feira, 21 de março de 2011

A Estação Sorocabana em Piracicaba


Ramal de Piracicaba - km 237,174  SP-2735
Inauguração: 20.02.1877
Uso atual: terminal de ônibus : sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1885

HISTORICO DA LINHA: O ramal de Piracicaba foi construído pela Cia. Ituana a partir de 1873, partindo da estação de Itaici, na linha, também da Ituana, entre Jundiaí e Itu. Em 1892, houve a fusão com a Sorocabana, formando a Cia. União Sorocabana e Ytuana (CUSY). Em 1893 o ramal chegou a São Pedro, ponto terminal, 58 km à frente de Piracicaba, onde havia chegado em 1877. A Ituana foi definitivamente incorporada pela Sorocabana em 1905, com a compra da CUSY pelo grupo americano de Percival Farquar. O ramal - algumas vezes chamado também de ramal de São Pedro - teve o trecho final, entre Piracicaba e São Pedro, suprimido para trens de passageiros em 1966 e seus trilhos foram retirados em 1980. Até esta época, ainda seguiam cargas para a Usina Costa Pinto. O tráfego de passageiros entre Itaici e Piracicaba acabou em 1976, enquanto trens de carga continuaram trafegando cada vez menos até meados dos anos 80. Por volta de 1990, os trilhos, já abandonados, foram retirados pela agora FEPASA.

A ESTAÇÃO: A estação de Piracicaba original foi construída em terreno doado pela Câmara Municipal. Ela foi inaugurada com dois dias de festas, em 20/02/1877, quando a cidade, e também a estação, se chamavam ainda Constituição, nome que foi alterado para Piracicaba, menos de dois meses depois. "Como parte dos festejos, constava a iluminação da fachada dos prédios públicos e particulares, nas noites de 20 e 21. Para uma cidade com três ou quatro quarteirões iluminados por lampiões a querosene, imagine-se o espetáculo de todas as casas a ostentar, nas janelas e portas, lampiões, lamparinas, velas ou fogueiras nas praças centrais". É ainda curioso que existam fontes que dão como ano de inauguração da estação de Piracicaba o ano de 1879, apesar de todas as descrições que existem das datas e das festas de inauguração em 1877. O tráfego definitivo dos trens, entretanto, só foi iniciado em 19 de maio, três meses depois da inauguração da estação. Esse prédio era um armazém de cargas, com um pequeno cômodo para o embarque e desembarque de passageiros. "Segundo ouvi, quando menino, de pessoas antigas da localidade, a estação da Ituana era um prédio pequeno, tal como os prédios dessa mesma estrada existentes em lugarejos". Em 06/01/1885, com a inauguração da nova estação, projetada pelo engenheiro José Pereira Rebouças, mas ainda em construção, com direito a
concertos e saraus, o trem chegou ao seu novo leito pela primeira vez, desativando a estação primitiva. Esta, que se situava onde hoje está o Bairro Alto, entre as ruas Moraes Barros e XV de Novembro, foi demolida anos mais tarde, depois de ter sido suge-rida a sua adaptação para abrigar a hospedaria de imigrantes na cidade, o que acabou por não acontecer. Hoje, em seu lugar, existe o grupo escolar Dr. Alfredo Cardoso, lugar esse que não ficava muito longe da estação atual, mas num local mais alto. A nova estação, depois de uma obra muito lenta (a pedra fundamental havia sido colocada, com mais festas, em 22/04/1884), foi terminada somente em fins de 1886, quase dois anos depois de sua inauguração oficial, na margem direita do córrego Itapeva, que, canalizado mais tarde, tornou-se hoje uma das mais importantes vias da cidade, a Armando de Salles Oliveira. Em agosto de 1887, os jornais da cidade festejaram o fato de a Ytuana mandar construir junto à estação um gabinetezinho onde empregados e passageiros podiam "se recolher por momentos para um serviço íntimo, sem a necessidade de procurar uma moita próxima". À noite, porém, não havia um lampião decente: nesse mesmo ano de 1887, ele fazia falta com a chegada sempre atrasada dos trens. "O que havia lá era uma lanterna miserável, que fornecia luz de uma banda só, dando ao ambiente um ar fúnebre e apavorante", segundo o jornal da época. Em 9 de janeiro de 1888, houve pancadaria na estação: uma escolta policial conduzia escravos capturados e o povo resolveu soltar os cativos; os homens da escolta apanharam a valer no tumulto repentino que se formou, enquanto os escravos fugiam correndo. O edifício da estação, mostrado em algumas fotos abaixo, foi totalmente reformado em 1943, tomando o aspecto que ostenta até hoje. Durante a reforma, um barraco de madeira serviu de estação provisória de embarque e desembarque. Em 1944, o novo prédio foi inaugurado. A fotografia é desse ano, durante a construção do mesmo, que aparece aí quase pronto. Existem registros que afirmam ter sido o velho prédio demolido para dar lugar ao atual, mas o que ocorreu mesmo foi uma ampla reforma, com o aproveitamento da estrutura original do edifício. O edifício serve hoje como terminal de ônibus urbanos. A fachada ainda é muito parecida com a de 1944; já a parte de trás, não tem mais nada a ver, e a plataforma foi completamente demolida e a cobertura retirada, para dar passagem a uma rua. (Ralph M. Giesbrecht)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Percival Farquhar e Piracicaba


O senhor que estampa a coluna de hoje pode ser pouco conhecido do piracicabano, mas teve certa influência em nossa cidade. Percival Farquhar foi personificado por Tony Ramos na série “Mad Maria”, baseada em livro de Márcio de Souza, levada ao ar pela Rede Globo entre janeiro e março de 2005. A adaptação falava da instalação da Ferrovia Madeira-Mamoré, no estado de Rondônia. No seriado, ele era um amante inveterado, dono de uma riqueza imensa e grande empreendedor da malha ferroviária. Farquhar é norte-americano nascido em 1864 e falecido em 1953. Teve investimentos em Nova Iorque na concessão de serviços de bondes, além de Cuba, Guatemala, Rússia e Brasil onde explorou trens pelos quatro cantos do país. Este senhor foi proprietário da Sorocabana Railway Company, mais conhecida por Sorocabana, cuja estação de trem situava-se no centro de Piracicaba onde hoje está o Terminal Central Integrado (TCI). Em 1906, em sociedade com o banqueiro francês H. Legru, Farquhar arrendou do governo do estado de São Paulo as linhas que foram da Companhia União Sorocabana e Ituana, denominando a nova empresa Sorocabana Railway Company. Lucrativa até 1912, sua situação começa se deteriorar gravemente no final dessa década. A princípio Fraquhar conseguiu expandir e operar a rede da ferrovia, que chegou a contar em 1911 com 3.061 empregados, atingindo 4.767 em 1918 no último ano antes de ser encampada. Finalmente o governo do estado de São Paulo, na gestão Altino Arantes, resolve encampar a Sorocabana Railway Company, no dia 9 de setembro de 1919, assumindo novamente sua gestão. A empresa teve as seguintes denominações Sorocabana Railway (1909-1919), E. F. Sorocabana (1919-1971) e FEPASA (1971-1998). (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ainda o carnaval de 1968 em Piracicaba



Foto tirada no carnaval de 1968 realizado no Clube Cristóvão Colombo, sede social situada à rua Governador Pedro de Toledo esquina com a rua Prudente de Moraes. Algumas pessoas reconhecidas, a partir da esquerda : Sbrissa, Cícero Correa dos Santos, Humberto D’Abronzo, Leonel Faggin (presidente do Cristóvão), José Corder e Raul Helu, entre diversos foliões que comemoravam o carnaval de então. A única mulher identificada é Silvia Bruno, que aparece em primeiro plano, na parte inferior à direita. D’Abronzo, na época presidente do E. C. XV de Novembro foi convidado a visitar os clubes sociais e ser homenageado pela vitória do alvinegro local na Lei do Acesso de 1967, cuja partida ocorrera semanas antes. Com isso o XV retornava à elite do futebol paulista. O fotógrafo Cícero aparecia personificando o Nhô Quim e segurava a placa homenageando D’Abronzo, também conhecido pelo cognome “Tremendão”. (Edson Rontani Júnior)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Carnaval no Coronel Barbosa em 1968



Carnaval de 1968 no Clube Coronel Barbosa. Foto tirada no saguão de entrada deste que já ocupou o trono no reinado dos melhores clubes sociais e recreativos de Piracicaba. O comendador Humberto D’Abronzo foi convidado a visitar o clube uma vez que, poucos dias antes, o E. C. XV de Novembro, que ele presidia, venceu a Lei do Acesso, fazendo com que o alvinegro retornasse à elite do futebol paulista. Na foto, Luiz Carlos Dihel Paolieri (juiz do Trabalho, professor da UNIMEP, diretor do XV e neto do dr. Jacob Dihel Neto), Tomazello, Alvimar Duarte Grego, João Tacla, D’Abronzo e um jovem que nem mesmo os mais experientes conseguiram identificar. O fotógrafo Cícero Correa do Santos aparece agachado personificando o Nhô Quim, segurando uma placa que homenageava o “Tremendão” D’Abronzo. (Edson Rontani Júnior)