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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rádio Difusora em 1989


sábado, 25 de maio de 2013

Som 6




Dia destes, avistei um placa na rua XV de Novembro que me fez viajar no tempo. Situada na esquina com a rua do Rosário, ela mostrava três pontos do comércio que foram referências para o piracicabano que viveu os anos de 1970 e de 1980. “Som 6”, situada na Galeria Brasil, entrada pela rua XV de Novembro vendida tudo de som na época dos LPs e das fitas cassete, sem contar os aparelhos Akai, Sony, Evadin e outros que não existem mais. Tinha diversas pick-ups onde passávamos bons minutos ouvindo um LP antes de leva-lo para casa. Vendia também itens como corda para violão, lâmpadas para projetores e filmes Super-8. Abriu depois uma filial na Governador com a Dom Pedro I, denominada de Som 7, e mais tarde a Hit Som, na mesma Governador quase esquina da Moraes Barros. Só quem viveu estes saudosos anos de 70 e 80 sabe o quanto nostálgica foi esta relíquia de placa ! (Fotos e texto de Edson Rontani Jr.) 


Enamorei-me pelo cinema



* Edson Rontani Júnior, jornalista e cinéfilo

  “Este deve ser o início de uma grande amizade”. Com esta frase, encerra-se o filme “Casablanca”, de 1942, considerado por muitos como um dos cinco melhores de todos os tempos. Foi dita por Claude Rains, militar nada adepto à expansão nazista no norte a África, dirigida a Humphrey Bogart, um bon-vivant dono de um cabaré em plena Segunda Guerra Mundial. Para mim, a frase resume meu romance e a longa amizade com a Sétima Arte, que fazem parte de minha vida desde a infância.
   Confesso que já assisti aos principais filmes lançados pelo cinema norte-americano desde o início do século passado. Os ruins, também assisti. E, muitas vezes, me confundo com a ficção e a realidade. Aliás, este é o papel do cinema. Serve de válvula de escape do cotidiano, este, tão massacrado com violência, escândalos e falta de esperança.
   Por muitas e muitas horas estive sentado diante de uma telona do cinema ou perante a TV buscando explicações para a realidade ou me escondendo dela. Assim, confesso que o cinema me fez enamorar pela vida, pelo sentido culto de nossa existência terrena. Os beijos românticos dados em musas como Rita Hayworth, Marilyn Monroe, Doris Day e tantas outras me fizeram apaixonar pelo cinema. Os finais felizes me trouxeram esperança.
   Também li obras através de adaptações de livros cujos nunca cheguei a tocar, como “Ben Hur”, “...E O vento Levou” e “O Morro dos Ventos Uivantes”. Foi o único acesso que tive com mestres da literatura e premiados com o Pulitzer ou com o Nobel. Dentre eles, destaco Rudyard Kipling, Nathaniel Howthorne, Ernest Hemingway, Philip K. Dick e George Orwell.
   O cinema é uma forma de conhecer amores, romances e dramas para quem tem preguiça - como eu - de ficar dias folheando um livro. Mas, o cinema abre essas portas até porque, antes da internet, era difícil o acesso a eles. Hoje e-readers e tablets nos contemplam com filmes nunca exibidos no cinema, TV ou formatos domésticos como o DVD, ou com livros nunca lançados no Brasil.
  Grandes clássicos da Sétima Arte, expoentes do cinema expressionista alemão, a nouvelle vague francesa e até mesmo os films noir, criaram, não apenas em mim, aquilo que estudiosos classificam como “imaginário popular”, memórias de moral, de edificação e de temor. Ou você vai me dizer que Frankenstein e Drácula (de Mary Shelley e Bram Stocker, respectivamente) se tornaram conhecidos pelo livro e não pelo cinema ?
  Aí surgiu o computador... É outra história! O bom diálogo, o roteiro bem pontuado, as tiradas de expressão deram lugar à forma digital, presente hoje em maioria dos filmes. Vi dias destes as trilogias “Robocop”, “X-Men” e “Transformers”. Bons filmes. Mas, qual a moral ? Se é que ela existe ... Destruição, confrontos, brigas pelo interesse individual e muito efeito. É assim que o cinema vem educando as gerações atuais. Afinal, isso é que dá bilheteria. A ganância pelo ganho monetário estragou não um namoro, mas uma paixão que, também segundo os especialistas, pode acabar a qualquer momento. Amizade ... que seja a continuidade do início conforme o diálogo de “Casablanca”.

Matéria publicada na Tribuna Piracicabana no dia 23/05/2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Revolução


Foto encontra na internet. Lembrança de época em que o "RETRATO" fala muito e era guardado com muito carinho pelas pessoas. Grupo posa com crianças e idosos, numa lembrança dos refugiados de São Paulo. Ampliando a foto, nota-se que a data deve ser de 1914, mas originalmente dizia que era de julho de 1932.

sábado, 18 de maio de 2013

Matriz da Vila Rezende



Aqueles que possuem menos de 40 anos, talvez não se recordem desta imagem, nem saibam onde se localizava esta igreja. Foi uma das mais tradicionais de Piracicaba, sendo ainda hoje uma das mais freqüentadas. Embora não tenha a mesma estrutura, ainda é ponto de referência para os católicos. A Matriz de Nossa Senhora da Conceição, conhecida como Matriz da Vila Rezende, era assim, como demonstra esta foto dos anos 60. Foi toda refeita. Ocupava na época o mesmo espaço de onde hoje está. Foto de autoria desconhecida de acervo particular. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dr. Lobão



* Edson Rontani Júnior, jornalista

Semana passada, após a publicação do artigo “Dr. Lobão e seus caninos”, uma grande repercussão houve com relação ao tema. Queria aqui deixar registrado o papel deste importante médico veterinário.
Antonio de Oliveira Lobão nasceu em Minas Gerais na cidade de São João Nepomuceno, no dia 5 de agosto de 1934. Trabalhou no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa e no Cena em Piracicaba.
Dr. Lobão possuía carisma com a pesquisa científica, por isso, estudou muito durante sua vida. Formou-se em medicina veterinária em 1959 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Veio a Piracicaba para concluir seu mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Casou-se em seguida, no ano de 1960, com Vera Maria de Azevedo Lobão, com quem teve quatro filhos.
Chefiou a divisão de Ciências Animais do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, também na USP além de ser pesquisador científico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Atuou por 37 anos como alopata. Aos 62 anos tornou-se homeopata, ocasião em que lhe conheci ao levar um dos cães da família.
O dr. Lobão abriu uma clínica para cuidar dos animais domésticos, como forma de ocupar o tempo e ainda oferecer serviços à sociedade após sua aposentadoria.
Aqui cabe reprodução de belaz palavras publicadas no “Jornal Alternativo On Line” (www.jalternativo.com.br) :
“Vivenciava diariamente um drama terrível que já o atormentava por muito tempo: sintomas, nos animais de estimação, que não tinham explicação clínica ou laboratorial e radiológica, como as convulsões diárias e constantes, as lambeduras com mutilação de parte do próprio corpo, os vômitos persistentes, as diarréias, as febres, os cálculos vesicais, as ansiedades, os pruridos, o medo intenso de fogos de artifícios e de tempestades, as tosses…;
Estudava mais, buscando como ajudar seus inocentes pacientes, testava todos os medicamentos e nada! Seus pacientes olhavam para ele e pareciam querer dizer ‘…você está errado… pesquise mais… eu não durmo… estou infeliz… estou mal… estou morrendo e você não resolve meu problema…’”.
Para isso criou o CESAHO (Centro de Estudos Avançados em Homeopatia), mantido em Piracicaba por um de seus filhos, também médico veterinário. Através desta sementinha colocada no ensino científico, Lobão teve sucesso na recuperação da visão de pessoas acometidas por toxoplasmose. Seu trabalho ainda tem continuidade através de profissionais médicos, veterinários e agrônomos. Faleceu em 11 de outubro de 2011, em Piracicaba, SP, aos 77 anos. Que esteja amparado no céu por animais aos quais dedicou-se em salvar.

* Artigo publicado em "A Tribuna Piracicabana" de 08 de abril de 2013.

Teatro São José




Hoje Clube Coronel Barbosa. Um dos mais tradicionais da cidade. A foto remonta uma época em que os clubes atraiam as pessoas pelos bailes, pelas festas de casamento neles realizados, época de shows ... Hoje, um clube recreativo tem que ter campo de futebol, piscina etc. O prédio que abriga hoje o clube já foi o Theatro S. José. Pela foto, nota-se que parte de sua estrutura original foi mantida. Possivelmente dos anos 30, a foto mostra um trecho da rua São José na qual as crianças andavam descalças. O Teatro na época, é óbvio, apresentava peças teatrais e filmes como o que estava na semana em que a foto foi tirada. O título ? Não dá para ler nem com ajuda de uma lupa, mas observa-se que era estrelado por Peter Lorre, o genial ator alemão de olhos estrábicos que estrelou entre outros “M – O Vampiro de Dusseldorf”. Foto de acervo pessoal de autoria desconhecida. (Edson Rontani Júnior)